Homenagem ao Pe. Policarpo Lopes
Um Homem de Deus, um Cidadão do mundo.
Um Pescador de Homens que do Pai recebe a Missão e a acolhe com a simplicidade daqueles que sabem Amar o Projecto de Deus para os Homens sem pedir nada em troca.
Um Homem sensível, que à semelhança do profeta Isaías, responde aos apelos de Deus e tem a coragem de aceitar ser enviado.
Um evangelizador ao ritmo da sociedade contemporânea que ajudou esta assembleia a reflectir a Palavra e a vivê-la no seu dia a dia.
Disponível, acessível e sempre de coração aberto, soube pôr a render o Dom que Deus lhe concedeu – foi um comunicador – e veiculou a Boa Notícia de Cristo, cumprindo assim a missão que o Pai lhe confiou.
Carismático, deixa a sua marca nos caminhos dos Homens por intermédio dos que com ele se cruzaram e se deixaram tocar pelas suas palavras sábias e sempre oportunas.
Um Homem que parte para o Pai da mesma forma como passou pela Terra, e em particular pela nossa paróquia - humilde e respeitosamente, sem pompa nem ostentação, sem aviso, apenas partindo... partindo para os braços daqu’Ele que o enviou até nós.
Padre Policarpo! Hoje é um dia diferente. O Reino Celeste está mais rico e por isso louvamos a Deus, damos graças e queremos fazer memória. Queremos fazê-lo através das palavras que, semana após semana, fomos ouvindo e ao som das quais fomos enviados ao longo de cerca de 12 anos:
“Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe! Um bom fim de Domingo e uma boa semana para todos!”
Padre Policarpo interceda por nós, por esta assembleia, para que um dia nos possamos encontrar na Glória da Ressurreição Eterna.
Até Sempre!
(Júlia Costa)
5 Comments:
At 06 fevereiro, 2007 15:43, Anónimo said…
Bonito texto que transmite o sentimento de respeito e admiração que sentimos perante este Homem, que nos deixa, a nível terreno, mas que estará para sempre connosco.
At 06 fevereiro, 2007 15:52, Anónimo said…
4 Fevereiro 2007, 18 horas, Igreja de Nossa Sra das Misericórdias -
Homenagem da Sta Casa da Misericórdia da Amadora ao Pe. Policarpo Lopes
"Já se cruzaram com a história desta instituição muitos e saudosos homens e mulheres de Deus.
Com mais ou menos memória, todos acabaram por ser referência para nós.
Damos “graças a Deus”
Porque nos fazemos com as relações que estabelecemos, somos o que construímos com o próximo.
Irmãos e irmãs, já não podemos “dizer-nos” aos outros sem esta presença que foi – que é – o padre Policarpo nas nossas vidas. E quando é assim, construímos a relação sublime que nos une… à semelhança d’Aquele Deus que se fez Homem e é Espírito.
O padre Policarpo talvez não tenha percebido - há-de perceber agora na Eternidade - como foi e é fundamental para esta Santa Casa.
Por isso damos “graças a Deus”.
Com as suas palavras celebração após celebração, visita após visita - disponível para o acolhimento e para o gesto fraterno, com a sua importante intervenção mais pessoal quando era necessária - o padre Policarpo foi co-responsável na preservação da nossa existência e, por conseguinte, da nossa identidade.
A partida para o Pai do padre Policarpo deixa-nos um vazio. Somos humanos e temos de reconhece-lo sem ambiguidades.
É, no entanto, uma dor atenuável pela nossa esperança na Ressurreição, naquela Luz que queremos que seja orientadora na educação e nos cuidados que prestamos nesta Santa Casa, a todos os seus utentes… os que aqui vivem, estudam ou trabalham.
Neste templo sempre sentimos, com a presença do padre Policarpo, a harmonia entre o Espírito do Cristo Vivo na mesa do Altar, a Palavra de Deus e a assembleia que somos.
E este, acreditamos, é o melhor testemunho que um pastor pode deixar diante de uma comunidade reunida para comungar o mistério da Eucaristia.
Com o padre Policarpo abrimos - semana após semana - os olhos ao mundo. Era esse o seu ensinamento, na senda de Jesus.
Por isso damos “graças a Deus”
A nossa passagem pelo mundo é fugaz. Por isso nos questionamos e queremos mais…
Mas a passagem do padre Policarpo pela vida desta Santa Casa – pelas nossas vidas - foi demasiado enriquecedora e frutuosa para abrir espaço à tristeza.
E a nossa Fé dá-nos a resposta ao grande enigma.
O padre Policarpo permanece… continua no nosso coração e, principalmente, na nossa consciência enquanto cristãos.
Homem das ciências humanas, da sociologia, o padre Policarpo gostava muito de usar uma expressão para nos centrar no essencial: “quotidiano”.
Dizia-nos ele, que a Palavra se concretiza na experiência reflectida, mediada e consistente das nossas vidas. De olhos bem abertos, para “descodificar” – outra palavra que ele usava com frequência – de olhos bem abertos para “descodificar”, em liberdade, o tempo que vivemos… e distinguir os sinais de Deus.
A nossa experiência de Fé é a experiência concreta do quotidiano de cada um. Não uma cartilha de princípios vagos e inatingíveis. É uma procura que se concretiza no quotidiano.
Defensor da pluralidade, promotor da profundidade, generoso, humilde, conciliador que compreende com lucidez os sinais do nosso tempo, o padre Policarpo deu-nos – através do seu exemplo - preciosas pistas para estarmos mais atentos ao mundo… e pensarmos - com o mundo - na melhor forma de construir - dia a dia - uma sociedade melhor.
Em nome desta Santa Casa, a mesa administrativa diz, bem alto: Obrigado padre Policarpo, por aceitar entrar nas nossas vidas e pelo seu testemunho.
Continuaremos a rezar por si e consigo, porque também já é connosco… graças a Deus.
A Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia da Amadora"
(basta trocar as palavras "Instituição" e "Santa Casa" por "Comunidade Paroquial da Amadora" para ver que se trata da mesma GRANDE pessoa...)
At 06 fevereiro, 2007 16:14, Ana F said…
Neste momento sou mais egoista pois preferia que o P. Policarpo continuasse a sua boa obra entre nós, mas infelizmente os bons vão-se...
Sábado vi pelos meus próprios olhos quão importante ele era para tanta gente. Na sua simplicidade e no seu low profile ele conseguia cativar-nos a todos. Sempre com a frase certa para o momento certo.
Ainda não acredito que ele tenha partido, mas peço que onde quer que ele esteja, continue a olhar por nós e a guiar-nos.
At 07 fevereiro, 2007 14:15, Jolia said…
Apesar da certeza no abraço que o Pai deu ao Pe. policarpo à sua chegada, fica-me a mágoa do que é terreno e humano, das circunstâncias da vida que nos privam de conviver com aqueles que admiramos até ao final dos seus dias junto de nós.
Eu que tanto falo de tempo e da sua má gestão, uma vez mais venho falar dele, desta vez do tempo circunstâncial dos homens, nem sempre atentos e de boa vontade!
At 26 fevereiro, 2007 10:20, Anónimo said…
Olà. Quero deixar aqui expresso o meu testemunho de gratidão e de admiraçao, por esse Homem o Padre, o Mensageiro... Com ele trabalhei muitos anos, na pastoral exercida em Bruxelas! Foram anos árduos, de dificuldades multifacetadas, de lutas e projectos, de animaçao evangélica, de dom e serviço! Uma dor nos invade, por esta enorme perda, junto de todos nós! Mas muito mais do que os nossos pobres cálculos humanos, valha-nos a Vontade Divina, que sabe o que é melhor para os seus servos! -Pe. Policarpo, aqui em Bruxelas, a sua OBRA continua, pelas sendas de "Emaús". Descanse em PAZ... Olhe por todos nós, "pobres pecadores"... Amén!
António Luís Rodrigues Fernandes
antonio.fernandes@eesc.europa.eu
Enviar um comentário
<< Home